BASQUETEBOL ORFÃO


É difícil pensar que o basquete esteja órfão com tantos treinadores, pois é assim que se encontra nossa modalidade. Temos guerreiros, técnicos esforçados, porém muitos deles não são preparados.

Hoje o técnico é formado sua grande maioria por ex-jogadores que estudaram educação física (para ter direito de exercer a profissão), ou até mesmo por ex- atletas que conseguem o direito de exercer o cargo de técnico. Não que nossos técnicos sejam ruins, mais a principal preparação principalmente quando se fala em base, deixa a desejar.

São feitos diversos movimentos como, centros de treinamentos, clubes de formação de atletas, campeonatos e tudo visando o crescimento do atleta, mais pouco se falam na profissionalização ou formação de técnicos.

Um exemplo positivo que podemos tirar é nosso país vizinho a Argentina, que após sofrer anos sem participação em jogos olímpicos e mundiais criou uma escola especializada para formação de técnicos, pensando em seus atletas ainda jovens e imaturos. Desse movimento saiu atletas como Manu Ginobili, Luiz Scola e Carlos Delfino, além de medalhas em mundiais e olimpíadas.

Esse movimento teve inicio no Brasil com a Escola Nacional de Treinadores liderados por grandes nomes do basquetebol brasileiro, mais o grande empecilho fica sendo a divulgação e aceitação de clubes e federações.

Uma modalidade com dois campeonatos nacionais, classificada para olimpíadas e o mundial, ainda não tem técnicos especialistas, Sou um grande exemplo disso, graduado em educação física e especialista em treinamento desportivo e pedagogia do esporte sonho com a possibilidade de uma instituição de ensino oferecer curso especializado em basquetebol, por enquanto sigo os passos de muitos outros técnicos, “que erra, aprende e segue em frente”.

Ainda precisamos melhorar, pensarmos mais na base na formação de atletas e não na captura de atletas.

Parabéns a ENTB e que nossa escola siga em frente e forte, para que nosso esporte possa crescer cada vez mais.

Um comentário:

  1. Oi Willian - vejo que o grande problema, além da falta de uma pós-graduação em basquetebol, é que Escola Nacional de Técnicos de Basquete deve se atentar aos valores caros que foram cobrados dos profissionais para realizarem seus cursos - em muitos casos os próprios técnicos arcaram e não tiveram o apoio de suas instituições e outro ponto que pesa muito e não foi observado é que se algum profissional formado em educação física e que quer trabalhar com basquete resolve buscar seus direitos na justição vai conseguir ser técnico pois teve a disciplina em sua grade curricular - então fica aqui minha sugestão: que os cursos da ENTB se torne um curso único de pós-graduação em educação física de 1 ano a 1 ano e meio - temos tantas faculdades de educação física em São Paulo e pelo Brasil, será que alguma não toparia um projeto deste, procurar a Universidade Gama Filho para este projeto seria minha outra sugestão.

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