Uns
dos maiores trabalhos dos profissionais que trabalham com iniciação esportiva é
a transição entre a aprendizagem e a competição, onde o lúdico e o lazer estão
presentes nas aulas, diferente dos treinos de desenvolvimento ou competitivo,
onde os exercícios são mais específicos.
A
principal mudança ou a mais nítida é a nomenclatura, ou termos usados, são
comuns as trocas de palavras como aulas para treinos, brincadeira para
exercícios. As maneiras de execução e objetivos são distintas, a transição do
aluno para atleta envolve mais que mudanças de treinos.
Fatores
como ética e companheirismo devem ser trabalhados nas aulas para que possa ser
desenvolvidos junto com a evolução do aluno. Precauções devem ser tomadas para
que não haja situações ou problemas posteriormente.
Inserir
o cooperativo nas aulas e retirar no treino pode causar confusão para os
alunos, a troca da brincadeira onde todos ganham é substituído pelo ganhar e perder,
a situação de tomar cuidado para não machucar o coleguinha é substituído pelo
fazer falta se necessário. Temos também que pensar na evolução da modalidade,
na continuação e na melhora.
Quando
é observadas ações de atletas profissionais perguntamos; é da índole dele? Ou
seria melhor perguntarmos foi ensinado a ele dessa maneira?
Driblar,
saltar, realizar passes, bandejas, utilização das duas mãos, as repetições
fazem com que o aluno se desenvolva, o trabalho motor é desenvolvido mais fácil,
pois, não necessita da opinião do aluno/atleta, quando nos tratamos de
conceitos, pensamento de certo ou errado, faz com que o aluno entre em conflito
com tudo que aprendeu até o momento, cria um individuo critico onde pode e
consegue algo que quer.
Na
modalidade basquetebol, situações de conflitos de pensamentos podem colocar
tudo a perder, um jogo que pode ser definido em segundos, que depende de errar,
acertar, companheirismo e estratégia, é algo complexo para o aluno que até
então brincava, usava bola para correr e sabia dividir com o colega. Arremessar
pra que? Vamos passar um para outro é mais divertido!
Existe
um buraco negro entre a linha de transição da aprendizagem e o desenvolvimento,
lá se perde a inocência da criança, a honestidade e até o prazer de apenas
participar.
Um
trabalho árduo porem gratificante, ser professor, ensinar, saber que no futuro
terá uma participação na vida esportiva e social de alguém é nada mais que
honrado. O professor/ técnico sabe que a modalidade esta em suas mãos, sabe que
está treinando o futuro da modalidade, que tem em quadra brincando de pegar ou
correr e pode ser um Oscar, Leandro, Hortência, Janeth ou um simples aluno que
saberá agradecer no futuro.
autor: Willian Marcelino
revisado: Felipe Brito
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